sábado, 31 de dezembro de 2016

2017 estou pronta


2016 foi um ano que me fez ir ao chão e me obrigou a reaprender a levantar com mestria, a sacudir as mãos e os joelhos. Um ano que me fez crescer, mas sobretudo que me deu tanto mais do que me tirou. Um ano que me levou à Ásia, tão longe de casa mas tão perto do que bate cá dentro no meu coração. 
Não sei o que 2017 me reserva, parece que tudo está a rodar, e que a mudança será o mote do ano que está a chegar. 
Deixo os sustos e as rasteiras ficarem onde pertencem, ao passado, e espero por ti 2017, sem medo do que tiveres para mim. Estou igual mas diferente, a recuperar mas mais forte e serena. 
Obrigado a todos vocês que estiveram sempre aí a ler o meu querido cliché, aos que partilham comigo o gosto por manhãs de sapatilhas nos pés, os que dividiram comigo mesas redondas e copos de vinho, aos que assistiram a minha gata a engordar e correr atrás de pompons cor de rosa, aos que me ampararam e deram colo, obrigada de coração, sem o amor e as pessoas nada faria sentido para mim.  
As palavras são o meu primeiro amor mas as pessoas fazem-me completa. Obrigada!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Inês 1 - Peritonite 0

Tem imperado o silêncio no blogue e este é o grande motivo. Nunca sabemos quando a vida tem reservada para nós uma trapaça, para mim foi em Novembro, e deu pelo nome de peritonite. 
Foi uma surpresa, e tem sido desde então, uma grande lição de paciência e humildade. Passar de enfermeira a doente obrigou a muitas pequenas restruturações aqui dentro. 
Devo dizer que, pese embora já me sinta confortável para assumir que ganhei à matreira, ela deixou mossas, e ser doente não é a minha grande vocação. 
Com tudo isto, quero agradecer a todas as pessoas que estiveram lá para mim, porque no fim, tudo se resume mesmo às pessoas, acredito nisso. 
Seria hipócrita se dissesse que tive grandes surpresas, não, não tive. A vocês que ligaram e ainda ligam, aos que me foram ver ao hospital, e aldrabaram o segurança nazi, obrigada. Sempre soube que tinha a maior sorte por ter os melhores amigos comigo. Aos que ligaram desde a primeira hora, aos que apaziguaram a minha família, aos que partilharam comigo pijamas, a esses, nunca poderei agradecer, a não ser com a garantia de que continuarei aqui para retribuir todo o amor. 
À minha família, agradecer não chega, tenho que pedir desculpa pelo susto. Mudar de farda para pijama foi um choque do qual ainda não se restabeleceram por completo. Mas afinal das contas sou uma Rocha, vou ao chão e esfolo os joelhos, mas levanto. 
Aos que leem o blog, em particular aos que têm pedido insistentemente para retomar, bem, aqui estou eu. 
A barriga ainda dói, mas prometo que esta parte da minha vida vou retomar.