sábado, 21 de março de 2015

café da saudade


Café à moda antiga.
Café que desperta não só o sono, mas memórias ternurentas. 
Café que me faz ter menos saudades da família porque me recorda de quando éramos pequenitas e estávamos todos juntos, aqui, nesta cozinha.
Café bem gostoso. Quem é que se lembra de fazer café assim?
Obrigada TT por me trazeres esta memória boa!

quarta-feira, 18 de março de 2015

dia do pai


Este é o ano em que mais amigos e colegas meus vão ser pais, e portanto, este ano, não quis deixar passar o dia sem o dedicar a eles, e são muitos: SM, BP, ML, HR. 
Aos pais de primeira viagem, aos pais de segunda viagem, aos pais de um ou aos pais a dobrar, aos pais que já estão a contar os dias e aos que ainda têm muitos meses de viagem pela frente, a vocês todos, e aos outros todos pais de carreira, como o meu: feliz dia do pai!
Um pai faz-se do desejo de ter um filho, da expectativa do resultado positivo, da espera longa e feliz, do amor instantâneo e superior a tudo, entre fraldas e passeios no parque. 
Um pai faz-se todos os dias, e quando os dias forem décadas, saber-se-à que foram os vossos filhos que fizeram de vocês pais. Não há nada mais poderoso do que aquilo que o amor pai-filho-mãe, não que eu seja mãe, mas sou muito filhinha do papá e da mamã, E por isso hoje o dia é dedicado a todos vocês, segurem as borboletas, porque a partir de agora há magia a acontecer!

sinta-se em casa, com Homeland

Ahhhhhhhhhhhhhhh é o cliché americano mais ridículo de todos, a historia de amor mais impossível de sempre, e também a luta mais corajosa contra a doença mental de sempre. 
Mas eu adoro, adoro, mea culpa. 
A amizade da Carrie com o Saul.
O amor dela pelo Brody.
A doce e segura loucura dela. 
Enfim, já vi as temporadas todas, agora tenho que esperar por mais...



domingo, 15 de março de 2015

Domingo passa a correr

Hoje foi o meu único Domingo de folga do mês, que é claramente o meu dia preferido. O que é que eu fiz? Pus o despertador, e acordei cedo para correr. Serei tolinha da cabeça? Loirinha de todo? Pode ser que sim, pode ser que não. Há uma coisa que garanto, cada um sabe onde procurar a sua felicidade, e eu, depois do despertador tocar, e do frio da manhã passar, sou mesmo feliz km após km. E não me sinto nada sozinha, uma cidade inteira saiu de casa para correr, 13000 pessoas!
Quando no fim do ano passado fiz a São Silvestre em 1h06 min, mais 12 min do que no ano anterior tinha feito, soube que não podia mais evitar o óbvio, estava a tornar-me uma sedentária, sem força, e a sentir muita falta do que a corrida me dá. 
Resolução ou não de fim de ano, Janeiro foi o mês de regressar aos treinos. Hoje, quase três meses depois, mais do que o tempo de 8 min que já recuperei, consegui sentir o prazer de correr novamente, não sem esforço, claro. Agora que penso no assunto mais seriamente, podia ter terminado talvez em menos um minuto ou dois, mas quis mesmo fazer a prova a desfrutar, e adorei! 

Considerações finais: 
- Padrinho adorei encontrar-te na partida, temos MESMO que ir correr juntos
- Parceirinhas, senti a vossa falta
- Compinchas da corrida de hoje, adorei, temos que pôr este condomínio a correr novamente!!!

sábado, 14 de março de 2015

esta música que não me sai da cabeça

Quem é que já não quis, não voltar sozinho para casa?
Quem é que já não precisou de alguém para dividir a dor, ou simplesmente alguém para quem esconder a dor?
Quem é que não intentou uma desenfreada fuga para a frente? 
Quem é que não foi companhia de um amig@ num momento assim?
A primeira vez que ouvi esta música fez-me voltar tanto no tempo, a tantos pequenos grandes momentos no tempo, momentos meus, momentos de outr@s que me são queridos. Estes momentos marcam-me sempre tanto, como se fossem cruzeiros no meu caminho, porque acho que há sempre um antes e um depois, em nós e nos outros, quando eles acontecem. 
Dentro de nós somos obrigados a mudar, a fazer um caminho que poderá ter que ser outro, novo, diferente, inesperado até. Quando é um amigo querido que sentimos sofrer, conhecemos facetas novas, de dor e revolta, coragem e força, e é então que a admiração e intimidade que nos unem fica mais forte que um nó de pescador. Não é? Ficamos assim, irmãos que escolhemos para nós.


Esta semana em particular, estava a ouvir esta versão remix e não consegui tirar a música dos ouvidos, porque esta semana morreu connosco um senhor novo e desportista a quem a sorte atribuiu um tumor cerebral maligno, e ainda sentenciamos a vida de outro com o mesmo fim. 
De entre todos os outros casos que são de sucesso, são estes revezes, digamos assim para aligeirar o assunto, que me fazem sentir que o travão de mão foi puxado, obrigando-me a parar e pensar. 
Quão solitário poderá ser ouvir uma notícia destas?
Quão solitário não será estar, depois disso, numa casa cheia de gente, ainda que seja da nossa gente do coração?
Quem morre, morre sozinho, mesmo que acompanhado. E por isso, como é que podemos tirar algumas coisas da cabeça, metafóricamente ou não, malignas? 
Como é que se vive a vida que nos resta viver, quando parecemos aqueles artigos de fim de prazo no supermercado, menos valiosos, e em destaque? 
De repente, todos se querem despedir de nós. Haverá tempo?
Éis o cliché: quanto tempo o tempo tem?



quinta-feira, 5 de março de 2015

a escandaleira voltou!!

E eu ja vi tudo, era muito bom, fui sôfrega!
Vocês já viram? Está ainda melhor esta série. Deixo aqui umas imagens, só para me fazer entender!



terça-feira, 3 de março de 2015

tudo ou nada, consegues decidir?

Como um romance, ou a teoria de tudo. Um filme que nos faz sentir uns nada, pequenos nadas. Que nos mostra a magia do amor, da traição do corpo sobre o génio, da derrota garantida que mais não foi do que uma vitória consecutiva, e sem igual.
Um filme que fala do tempo, da história que o tempo faz, da história que o tempo dá. Há pequenos nadas que se sentem que são tudo. São lágrimas de emoção e agradecimento, são sorrisos de admiração e deslumbramento, e são espaços em branco porque, na verdade, este filme não trouxe nada de novo. Afinal quem é que não conhecia a fama da magnificência do  Stephen? Contudo, ver sobrepõe-se ao saber. Ver vem acompanhado pelo impacto que não podemos ignorar. 
Hoje senti-me um nada que tem tudo, e que por maior que seja o cliché em que me embrulho nestas palavras e linhas deste blogue, preciso mesmo é de agradecer.
Agradecer por tudo na minha vida, por vocês desse lado também, agradecer pelos meus sonhos que a cada desilusão ganham raizes para ficar, agradecer pelo amor nas suas mais variadas formas, que sempre tive a sorte de ter na minha vida, e que tantas vezes já fizeram a diferença entre a sanidade e a loucura, entre a lágrima e a gargalhada sem fim. 
Acredito no Amor. De coração, para mim, cada vez mais, ele é a teoria de tudo. Obrigada. 


segunda-feira, 2 de março de 2015

Sábado, 8h da manhã, a chover, o que fazer?

Correr, correr, correr. 
As minhas semanas têm sido assim, a correr. Voltar aos treinos (para mim) implica sempre voltar a correr, porque realmente é na corrida que me sinto mais feliz. Com isto, o tempo tem passado também a correr. Não tarda nada estaremos na Páscoa, diz aqui a minha agenda, e entre a surpresa e a ansiedade, mal consigo acreditar, já?
E então, deixemos o tempo, para voltar à corrida. Sinto que me estou a repetir, mas sem conseguir controlar o impulso de contar. Este fim-de-semana fui fazer uma prova de trail, coisa que já não fazia há mais de um ano. Faço pouquíssimo trail, mas gosto muito, é que para fazer trail preciso que: seja inverno porque não aguento o calor, que as provas tenham uma opção de percurso mais ou menos até 15 km e muitas rondam dos 20 e muitos aos 40 km, preciso de estar com pernas para subir monte, e ainda, preciso de não estar a trabalhar ao fim de semana. Logo, faço pouquíssimo trail. 
Trail é para os duros, para quem o desafio que uma geografia escarpada e íngreme é mais atraente que a segurança do alcatrão. Para quem não tem medo, medo de cair, medo de lama, medo de poder estar sozinho cheio de gente em comunhão com o que de melhor a natureza nos tem para dar, a sua beleza. O trail também é para aqueles que respeitam a natureza, porque no trail não há centenas de garrafas atiradas ao chão durante o percurso, no trail primeiro vem a natureza, e só depois nós.
Tudo começou com o despertador às 7 h da manhã, a um sábado, e foi a primeira vez que questionei a minha decisão. Inês podias estar a dormir, tens cada ideia. Chegados a Braga o nevoeiro e a chuva tinham-nos acompanhado durante a viagem, e não era preciso, mesmo.
Começa a prova. Os primeiros cinco km foram de revolta interior. Mas porque, porque, porque é que eu tenho estas ideias, porque ? Eu devo achar que sou atleta, só pode, ou isso, ou tenho que perder 15 kg porque mal posso com estas pernas, e o coração? Não sei se não vai saltar boca fora até ao fim da prova. Os dois primeiros km da prova foram sempre, sempre a subir. Eu e os meus gémeos nem queríamos acreditar que fosse possível tanta inclinação e dor seguida. E até ao primeiro abastecimento tudo em mim era desespero, e vontade de desistir. Só já no abastecimento, depois da água e dos gomos de laranja, é que recuperei a coragem e desfrutei. Pese embora o pior ainda estivesse para vir. Arriscava-me a dizer que 10 dos 17 km foram a subir, não por estradas ou caminhos, mas corta fogos que desafiariam qualquer jipe todo o terreno com a tracção às quatro engatada. Os últimos 5 km foram a descer, e se descer me dá muito medinho de cair, pelo menos para as pernas foi bom, e efectivamente pudemos correr. Esta prova com toda a dureza que foi teria sido perfeita sem o nevoeiro, que não nos largou, porque imagino que as paisagens fossem também como as subidas, de tirar o fôlego. 
No final, a alegria de estar a terminar, de ter conseguido resistir à tentação que foi desistir, de me ter superado quando achei que não era capaz, mais a experiência de ter corrido em trilhos tão difíceis para mim, foi maior que tudo. Superar, superar-me dá sentido a tudo. 
É claro que ter a ilusão de que depois da prova podia ir trabalhar à tarde, e ir mesmo, é uma péssima ideia, e que recomendo vivamente que não sigam. 
Por último, quero agradecer à T.L. que trocou o turno comigo, ao grupinho que me acompanhou durante a prova, muito em particular à I. por ter sido, e ser sempre, uma parceira sem igual, que tantas vezes esperou por mim para me desafiar sempre a continuar. Obrigada parceirinha! 

aqui venho eu aos saltinhos
e a sorrir!!!