quinta-feira, 17 de julho de 2014

quinta-feira, 17 de julho de 2014

férias com o coração (II)

Etapa seguinte: Terceira - S. Jorge, uns deliciosos 20 minutos de voo aos quais não resisti em dormir, mas para quem nunca tiver feito esta viagem vale a pena ver o grupo central do céu, com direito a palmas e gritinhos!
S. Jorge foi a ilha em que mais me demorei, em beijos e abraços à minha pequena M, finalmente! É uma ilha pouco procurada por turistas, sobretudo portugueses, mas é a ilha que eu conheço melhor, e que mais me surpreende, a cada visita. 
De um geografia escarpada e com falésias, que se estende ao longo de 70km de comprimento, guarda escondida em si paisagens de pasmar, que nos fazem sentir ridículos com as nossas vidas de cidade. Fiz vários passeios, e mesmo sendo a terceira visita a esta ilha continuo a descobrir coisas novas, e deslumbrar-me com perspectivas diferentes de sítios que já conhecia. 
Quem vai a S. Jorge recomendo que contacte a Aventour, uma empresa de turismo de aventura, com guias que nasceram e cresceram nas ilhas, e a paixão por elas não os deixou voar noutros paraísos, e ficaram. Não há nada melhor que ter um guia seduzido pelo próprio trabalho. O nosso guia, Luís Paulo, esteve sempre disponível para responder a tudo, teve paciência para as nossas mil paragens para fotos e deslumbramentos, e há uma coisa que garanto, faz-nos sentir seguras, e sentir muito respeito pelo seu trabalho, em sintonia perfeita com a natureza.
Caldeira de Santo Cristo - uma fajã isolada no sismo, acessível só por trilhos a pé, ou por mar. Ainda mora lá gente, aqueles que nunca quiseram sair e outros que decidiram lá morar, não apesar do isolamento, mas pelo isolamento.

5km de trilho, da serra até ao mar :)
Orgulhem-se de mim, descida em rappel acompanhada pelo Luís Paulo, super guia



Guia: agora colocas-te na perpendicular à cascata, soltas as mãos da corda e atiras-te para trás. Eu: o que?!


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ESPETACULAR!
A PROVA!

Continuamos o trilho agora por terra, e avistamos a caldeira. Há quem venha da Austrália para aqui fazer surf, diz quem entende que não há ondas como estas. E sim, levam as pranchas às costas até lá, haja vontade!
A chegar!
Na caldeira, um descanso depois do almoço. seguida de visita às grutas e depois fomos a nado até ao barco. Pois é, o passeio termina com resgate de barco e passeio :)
A visitar a gruta, admito que não queria muito, sentir-me enterrada viva não é uma coisa que me desafie, mas o guia lá me convenceu e eu fui, a medo, mas é pequenina e vale a pena

A gruta e a nascente de água (bem boa)

O barco do resgate

A nadar até ao barco já um bocado histérica de alegria

O passeio de barco e as cascatas, ainda fomos tomar banho numa, e sim, era SUPER gelada, e a água tinha tanta força que fomos de capacete. Como temos muita sorte e os Açores são uma terra abençoada ainda vimos golfinhos e um atum de mais de 100kg  - mesmo!


Fajã do Ouvidor...
e as suas piscinas naturais que fazem valer a pena o percurso sinuoso para lá chegar
Fajã Grande, onde dei tantos mergulhos em anos anteriores, mas que neste dia, calor só o que encontro sempre quando visito o meu Tio Zeca, e os meus queridos Ermelinda. e Carlos Alberto. Amigos da família, que me viram crescer desde que tinha 3 anos e o pé partido, e são até hoje um abraço que não dispenso, e uma saudade que não passa com o tempo.

O Pico visto de S. Jorge (e o Faial ali ao lado), num raríssimo dia sem nuvens em que podemos namorá-lo em todo o seu esplendor!

Há dias assim pelos quais vale a pena esperar todo o ano:  férias!


p.s: desculpem se ficou um post muito extenso mas
é difícil resumir quando se gostou tanto
e de tantos momentos...

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